HOSPITAL DE LAMEGO: PREOCUPAÇÃO PARA TODOS…

27-03-2015 10:54

Na última semana, tivemos ocasião de assistir a mais uma notícia na comunicação social nacional que versava o tema do Hospital de Proximidade de Lamego. Não há dúvida de que este problema é muito caro a todos os lamecenses. Trata-se de um investimento emblemático para todo o Concelho e mesmo Região. É verdade que problemas delicados, da natureza dos que se colocam ao Hospital de Lamego, devem ser tratados e resolvidos com pinças e com prudência. Contudo, temos assistido, pelo menos publicamente a um comportamento demasiado conformado e reservado, por parte do Presidente da Câmara.

A verdade é que a situação do Hospital se tem arrastado há demasiado tempo e é urgente serenar a opinião pública e os utentes relativamente ao seu futuro. Mesmo admitindo que quem fez o Hospital tinha um determinado conceito, o de um Hospital de proximidade, a verdade é que, mesmo para a concretização deste conceito, o Hospital muitas vezes não tem tido os mínimos.

E será que devemos ficar resignados a um conceito? Não será legítimo sensibilizar o Ministério da Saúde e a Direcção do Centro Hospitalar para resolver as deficiências que são apontadas pelos profissionais de saúde ao funcionamento do Hospital? Qual a utilidade de um Hospital sem os meios necessários mínimos para fazer face aos que o procuram?

A reportagem da SIC, que apresentou os depoimentos de preocupação do Presidente da Assembleia Municipal e do Bastonário da Ordem dos Médicos, sobre os problemas existentes no Hospital de Lamego, não é despiciente. Estamos a falar de dois técnicos, que têm conhecimento de causa e que tenho para mim não estarem a falar de cor, serem ignorantes ou inconscientes relativamente aos problemas que apontam.

A verdade é que têm sido muitos os serviços que encerraram ou não funcionam por falta de meios humanos e técnicos. Não há TAC, não há Banco de Sangue, as 30 camas existentes são insuficientes, o serviço de laboratório de análises esteve para encerrar, a urgência continua um caos. A continuar este ritmo de estrangulamento dos serviços, nada de positivo nos augura o futuro.

 

Manuel Ferreira

Presidente da Comissão Política