A ruinosa situação financeira da Câmara Municipal

08-01-2013 16:27

Já são muitos os cidadãos do Concelho de Lamego que começam a perceber a verdadeira situação financeira da Câmara Municipal. A Câmara Municipal está numa situação financeira desastrosa e trágica, resultado de decisões pouco pensadas e ponderadas. E também começam a ser muitos os que percebem as dificuldades e os apertos que uma situação desta natureza já provoca a curto prazo e vai provocar a médio e a longo prazo.

A crise a nível nacional tem obrigado as pessoas a sacrifícios muitos deles discutíveis, porém o estado ainda se agrava quando as próprias autarquias, dentro do seu espaço de autonomia, não desafogam as populações. E no caso de Lamego muito pouco tem sido feito para aliviar a dura carga fiscal. E pouco tem sido feito, porque na verdade, a ruinosa situação financeira da Câmara não permite margem de manobra para que agora se possa ajudar os munícipes.

Assim, já no imediato, os lamecenses, que precisavam da solidariedade da sua Câmara, recebem ao contrário o IRS a 5%; o acréscimo do IMI; o agravamento das taxas e das licenças; o aumento do preço da água, do saneamento e do lixo, a continuidade da derrama e a criação de uma nova taxa da protecção civil.

Todavia, o carro da protecção civil e outras viaturas do município continuam a ser usados sem critério; as despesas de representação não sofreram cortes e continuam a ser pagas religiosamente; as viagens ao estrangeiro são frequentes; os gastos em publicidade são significativos e a teimosia em realizar obras como o Eixo Barroco, que pretende abastardar a nossa sala de visitas da cidade, continuam.  

Estes motivos são mais do que suficientes para nos mantermos atentos e, no momento certo, podermos ajuizar da correcção dos comportamentos políticos de quem nos tem governado localmente.

 

Manuel António Rebelo Ferreira

Presidente da Comissão Política do PS